Órgão de saúde
mundial faz novas recomendações técnicas e aponta crescimento de casos
confirmados
Casos da varíola dos macacos (monkeypox) não param de surgir e a SESAB aponta que neste ano já são 42 casos confirmados, 27 suspeitos e 264 notificações até o momento.
Diante disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), vem atualizando a
quantidade de casos, a forma de transmissão e os sintomas que envolvem a doença
“prima” do vírus da varíola comum, que foi erradicado do planeta em 1980 com o
apoio do órgão de saúde mundial.
Origem e características do vírus
O nome monkeypox se origina da descoberta inicial
do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso
humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em
1970.
Existem duas linhagens: o da África Ocidental e o
da Bacia do Congo (África Central). As infecções humanas da primeira parecem causar doenças menos graves
em comparação a da Bacia do Congo, com uma taxa de mortalidade de 3,6% em
comparação com 10,6% para a da Bacia do Congo.
Os países onde a varíola dos macacos é considerada
endêmica são: Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática
do Congo, Gabão, Gana (identificado apenas em animais), Costa do Marfim,
Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul.
Transmissão
O monkeypox é um vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus da família Poxviridae, e é considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja menos grave.
O
período de incubação é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a
21 dias.
A transmissão ocorre por contato próximo com
lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados,
como roupas de cama.
A transmissão humano para humano está ocorrendo
entre pessoas em contato físico próximo com casos sintomáticos.
Várias espécies animais foram identificadas como
suscetíveis a esse vírus mas permanece incerta a sua história natural,
sobretudo os possíveis reservatórios e como a sua circulação é mantida na
natureza.
A ingestão de carne e outros produtos de origem
animal mal cozidas de animais infectados é um possível fator de risco, indica a
OMS.
Sintomas
Passa a ser considerado um caso suspeito qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente bolhas na pele de forma aguda e inexplicável.
Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre
acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas
costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou
descartar a doença.
Casos considerados “prováveis” incluem sintomas
semelhantes aos dos casos suspeitos, como contato físico pele a pele ou com
lesões na pele ou com materiais contaminados.
Soma-se a isso, histórico de viagens para um país
endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período
e/ou ter resultado positivo para teste sorológico de orthopoxvirus na ausência
de vacinação contra varíola ou outra exposição conhecida a orthopoxvirus.
Casos confirmados ocorrem quando há confirmação
laboratorial para o vírus da varíola dos macacos por reação em cadeia da
polimerase (PCR) em tempo real e/ou sequenciamento.
Tratamento e prevenção
A varíola geralmente é autolimitada, ou seja, pode
ser curada com o tempo e sem tratamento, mas pode ser grave em alguns
indivíduos, como crianças, mulheres grávidas ou pessoas com imunossupressão
devido a outras condições de saúde.
Referência: Butantan
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