O herpes-zóster, ou cobreiro, é uma doença muito conhecida pela população brasileira, fazendo parte inclusive da cultura popular. Não é difícil encontrar histórias de pessoas que já procuraram benzedores para curar ou parar o “avanço” do cobreiro.
Na realidade, o herpes-zóster é uma doença causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. O vírus permanece encubado no corpo a vida toda. Com uma queda da imunidade ele pode ser reativado e causar o herpes-zóster.
Diferentemente da catapora, que apresenta bolhas em todo o corpo, as lesões da herpes-zoster atingem sempre um nervo específico. As pequenas bolhas dolorosas que se formam na pele acompanham o trajeto das raízes nervosas, e, por isso, nunca “avançam”.
Uma doença que pode retornar
Todos os herpesvírus são latentes, ou seja, podem ficar no organismo sem manifestação por bastante tempo e se reativar. Ele pode reativar principalmente em casos de imunodepressão. Nesse caso, as pessoas mais suscetíveis são, por exemplo, os transplantados, as pessoas que vivem com HIV e Aids, pessoas com câncer, idosos e pessoas que usam medicamentos que causam a queda da imunidade.
Qualquer pessoa está suscetível à infecção. A herpes-zóster pode aparecer em qualquer idade da vida. No caso da catapora, ela tem a característica de uma manifestação mais precoce. Por isso, é comum associar essa doença somente às crianças. Por outro lado, uma vez que o organismo tenha o vírus varicela-zóster, mesmo com a catapora curada, o herpes-zóster pode aparecer em qualquer fase da vida.
Sinais e sintomas
Os sinais mais importantes da herpes-zóster são pequenas bolhas na pele que aparecem em uma região do corpo, que acompanham o trajeto de raízes nervosas, causando uma dor aguda na região. A dor é um sinal que aparece antes mesmo das lesões na pele. A pessoa pode suspeitar da reativação da doença quando começa a sentir muita dor em um nervo, mesmo sem ainda apresentar nenhuma lesão na pele.
Transmissão
Não se pega herpes-zóster, mas varicela-zóster, o vírus da catapora. É o mais importante de se entender sobre a doença, não se pega herpes-zóster, se pega varicela e existe a reativação do vírus.
A transmissão da varicela acontece de pessoa a pessoa, por meio do contato direto ou de secreções respiratórias e, raramente, através de contato com lesões de pele. Indiretamente a varicela é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções das lesões dos pacientes infectados. Uma pessoa com herpes-zóster pode transmitir o vírus varicela-zóster para quem não está imune à catapora, apesar de ser raro. Isso ocorre por meio do contato direto com as lesões da pele.
Possíveis complicações
Uma das complicações mais comuns do herpes-zóster é a neuralgia pós-herpética, que se caracteriza por dor, sensibilidade ao toque e sensação de coceira no local onde estavam as lesões. Os sintomas podem durar por 3 meses ou mais depois do desaparecimento das bolhas. Além disso, em casos mais graves, a doença pode causar cegueira ou surdez, se atingir nervos oculares ou auditivos.
Prevenção e tratamento
Não existe cura para herpes-zóster, o tratamento é realizado com medicamentos antivirais e analgésicos. Quanto antes o paciente buscar o hospital, menor serão as complicações em cada fase de manifestação da doença. Normalmente, cada reativação da doença costuma durar de 2 a 3 semanas.
Como prevenção, existe vacina contra a varicela, disponível no SUS, conforme o Calendário de Vacinação. Além disso, já existe uma vacina disponível, que não faz parte do calendário do SUS, para previnir o herpes-zóster. Porém, aqueles com imunidade baixa, os mais afetados pela doença, não podem tomá-la.
A prevenção também pode se dar investindo em autocuidado, se hidratando adequadamente, tendo uma alimentação variada e colorida, controlando o estresse, realizando atividade física e tendo um bom sono. Esses fatores, juntos, diminuem drasticamente os episodios de aparecimento da herpes zoster. Se cuide!
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